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sexta-feira, 11 de março de 2011

Monólogo "Os homens querem casar e as mulheres querem sexo" estreia no TAM


Por Sérgio Vilar do DIÁRIO DE NATAL
Marmanjos, acordem. É século 21. A mulher comanda a Presidência da República, o Governo do Estado, a Prefeitura de Natal, a reitoria da UFRN, etc. Como se chegou a esse ponto? A culpa é sua. Por quê? A comédia cujo título é auto-explicativo traz mais detalhes: Os homens querem casar e as mulheres querem sexo. A peça entra em cartaz hoje se segue até domingo no Teatro Alberto Maranhão, sempre às 21h.
O monólogo é protagonizado pelo ator Carlos Simões há três anos. Já foi assistida por mais de 700 mil pessoas e# já "juntou" 16 casais durante a peça. Isso mesmo. Segundo o ator e roteirista, a interatividade com o público colaborou para a "formação" durante a peça, desses casais que nunca se viram antes. O cenário é simples, o mínimo para retratar uma cerimônia de casamento onde o ator e o público são convidados.
O personagem Jonas é o padrinho do casamento. A conversa com o público começa desde o início, até que ele é interrompido pelo seu lado feminino. "Ela" atormentao pobre coitado e evidencia ideia erradas de Jonas quanto ao casamento. No fim do casamento, Jonas briga pelo buquê de flores. Ele agora quer casar. Mas o problema é que: elas só querem sexo.
A peça dirigida por Marco Marconde difere da primeira impressão de muitos homens e mulheres surpresos com o título da peça. Sem maxismos ou mesmo feminimos, o monólogo foi roteirizado por Carlos Simões a partir de relacionamentos pessoais que deram errado, de pesquisas sobre o assunto e lamentos de amigos. "É 70% pessoal e o resto vem de pesquisa e histórias de amigos", conta.
Questionado sobre "o outro lado" da história, já que a peça traz apenas a versão masculina da história, o ator justifica que o monólogo foi montado como uma espécie de resposta (ou a versão masculina) do livro Homens São de Marte e Mulheres São de Vênus (Joh Gray), baseado na visão de uma mulher acerca do universo masculino. "É quase uma resposta a esse livro", acrescenta.
Carlos Simões também se baseou em pesquisas do IBGE: "Em uma enquete o IBGEconstatou que hoje a mulher está mais preocupada com a identidade profissional do que pessoal. O percentual de mulheres desejosas de casamento diminuiu e o dos homens, aumentou". E este é o homem do século 21: mais romântico justo quando a mulher se faz de difícil. Será coincidência?

Telona

Fato mesmo é que o monólogo está em vias de virar filme. A fase é de captação e elaboração final do roteiro, pelas mãos de Carlos Simões. A espectiativa é de lançamento em 2012. "Queremos retratar o mesmo tom de comédia, dinamismo e interação com o público visto na peça, com momentos de canto e dança", adianta o ator.
Na onda da peça, ou deste admirável novo homem moderno, o ator já montou até banda, chamada Carlos Simões que Querem Casar. Algumas das oito músicas autorais do grupo formado este ano já tocam nas rádios sulistas. "São uma espécie de mistura de Mamonas Assassinas com Fábio Júnior, para retratar o homem romântico e a ironia, o sarcasmo com a situação".
O fim da peça guarda supresas. Certo é que todas as superstições adotadas pelo "homem solteiro procura" não lhe garantem a tão sonhada alma gêmea. Após investidas frustradas, o personagem se dá conta que os valores se inverteram. Cansado, decide afogar as mágoas em um bar (sempre ele), local em que a sua sorte começa a mudar.