O emprego na indústria brasileira recuou 0,1% em dezembro, na comparação com o mês anterior. Porém, no acumulado em 2010, foi registrado crescimento de 3,4%, a maior alta desde o início da série histórica, em 2002. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, segundo o instituto reflete "a recuperação gradual do emprego industrial ao longo do ano e a baixa da base de comparação em função dos ajustes realizados no mercado de trabalho em 2009, por conta dos efeitos da crise econômica internacional".
No ano, conforme já anunciado, a produção da indústria avançou 10,5%, apresentando crescimento nas 14 regiões pesquisadas pelo IBGE.
Seguindo o crescimento da atividade do setor, em todos os locais pesquisados, bem como em 13 dos 18 ramos, foram verificados resultados positivos. Entre as regiões, as maiores influências partiram de São Paulo (2,8%), região Nordeste (5,0%), Norte e Centro-Oeste (4,2%), Rio Grande do Sul (4,0%), Rio de Janeiro (5,6%) e Santa Catarina (3,4%).
Entre os setores, os destaques mais significativos foram observadas nos setores de máquinas e equipamentos (7,3%), produtos de metal (7,0%), meios de transporte (5,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,2%), calçados e couro (5,7%), têxtil (6,4%), alimentos e bebidas (1,5%) e metalurgia básica (7,7%). Na contramão, o emprego teve recuo nos ramos de vestuário (-2,1%) e de madeira (-5,8%).
Salário maiorEm 2010, subiu também o valor da folha de pagamento real. O crescimento foi de 6,8% no fechamento do ano, resultado mais alto registrado desde 2004 (9,7%). No ano anterior, 2009, houve queda de 2,4%.
Em todos os 14 locais pesquisados houve expansão dos salários, com as maiores influências partindo de São Paulo (5,0%), Minas Gerais (7,6%), Rio de Janeiro (9,3%) e Rio Grande do Sul (9,1%). Entre os 16 setores com resultados mais expressivos na folha de pagamento estão os de meios de transporte (8,3%), máquinas e equipamentos (7,6%), alimentos e bebidas (5,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,6%). Por outro lado, a folha de pagamento teve retração em setores de madeira (-2,3%) e de fumo (-1,3%).
Em dezembro, com ajuste sazonal, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores recuou 3,6% sobre o mês anterior, novembro.