Por mais imperceptível que seja, desde o último dia 20, o verão deu lugar ao outono. No Rio Grande do Norte, porém parece que nada mudou. A temperatura diária continua elevada, com variações climáticas que são ideais para a proliferação de doenças contagiosas, como a conjuntivite. De fácil contágio e sem tratamento específico na sua forma virótica, a doença já afetou mais de 100 mil pessoas em São Paulo.
Os sintomas mais comuns da doença são: vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção amarela nos cantos dos olhos ou nas bordas das pálpebras e intolerância à luz.
Em Natal, de acordo com o oftalmologista Carlos Alexandre, os índices de pacientes contaminados pelo vírus transmissor desta variante da conjuntivite, se mantém estável. “Por enquanto, ainda não foi percebida nenhuma alteração no número de pacientes com conjuntivite em Natal. Nem mesmo os pacientes do interior que são atendidos no Onofre Lopes contraíram a forma viral”, afirmou Carlos.
Contágio
Ele explica que o contágio é muito fácil. Porém, medidas simples e baratas podem ajudar a população a se manter livre do incômodo consequente ao contágio.
Manter a higiene, com a lavagem das mãos e do rosto pelo menos três vezes ao dia com a utilização de sabão, são de suma importância para evitar o contágio. “Se alguém é identificado com a forma viral, deve evitar ambientes públicos e ficar em casa até que esteja curado”, explicou.
Também é importante não coçar os olhos e não dividir com pessoas com conjutivite objetos pessoais como lençol, maquiagem, copo, toalha de banho e travesseiro.
Comumente, a doença é tratada com compressas de água gelada. Somente nos casos mais extremos, há a necessidade de uso de colírios para lubrificar os olhos e antibióticos. “A conjuntivite, ocasionalmente, pode lesionar a córnea. Mas com o passar do tempo, a visão volta ao normal”, advertiu o oftalmologista.
A conjuntivite viral é a forma mais agressiva da doença, que também pode se manifestar de modo alérgico ou bacteriano. A doença tem sintomas diferentes dependendo da forma que se manifeste, e para cada uma dessas tr~es formas, o tratamento é diferente.
A vermelhidão nos olhos e o inchaço são característicos de todas as conjuntivites. A viral também causa uma sensação de “areia no olho” e lacrimejamento fortes, sintomas que duram em média 15 dias.
Entenda a conjuntivite
Mudanças no clima favorecem proliferação do vírus
que deve já atingiu mais de 100 mil pessoas em São paulo
- Existem 3 tipos
- Em todos, o olho afetado fica avermelhado
- O que diferencia são os sintomas
Viral
Há a sensação de areia ou corpo estranho nos olhos e um forte lacrimejamento. Leva até duas semanas para o paciente melhorar e, dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão
Tratamento:
à base de compressas com água fria e, eventualmente, colírios lubrificantes.
Bacteriana
A secreção e o inchaço são mais intensos. Também há vermelhidão, mas o lacrimejamento não é tão frequente. Dura, em média, uma semana.
Tratamento:
com colírios e antibióticos.
Alérgica
Há coceira intensa e muito inchaço. A vermelhidão e o lacrimejamento não são tão proeminentes quanto nos outros tipos. O tempo de duração é variável.
Tratamento:
é importante afastar a pessoa do agente que causa a alergia, como maquiagem, perfume, poeira e pólen.