Foi dada a largada para a consolidação do Partido Social Democrático (PSD) no Brasil. Em solenidade realizada ontem em Brasília, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e demais idealizadores da legenda assinaram a ata de fundação. O representante do Rio Grande do Norte no evento foi o deputado federal Fábio Faria, que deixará o PMN para fazer parte da bancada do PSD no Congresso Nacional. Com a ata de fundação assinada, os sociais democráticos vão agora em busca das 500 mil assinaturas para o registro do partido no Tribunal Superior Eleitoral.
No âmbito potiguar, a sigla será comandada pelo vice-governador Robinson Faria, que aguarda o comando de Kassab para dar início ao recolhimento das assinaturas no estado. Além de Fábio e Robinson, a agremiação receberá as filiações dos deputados estaduais Ricardo Motta, Gesane Marinho, Raimundo Fernandes e José Dias. O deputado estadual Vivaldo Costa (PR) ainda cogita a possibilidade de migrar para o grupo de Robinson. Prefeitos e vereadores de todas as regiões também já se preparam para migrar rumo à nova agremiação.
Fábio Faria informou, durante o evento, que o PSD será lançado no estado após o feriado da semana santa, com data ainda indefinida. "Essa é uma legenda que nasce forte, com grande representatividade na Câmara Federal e nos estados. No Rio Grande do Norte, o grupo liderado pelo vice-governador Robinson Faria deixará o PMN e ingressará no PSD e muitos outros políticos com mandato já demonstram interesse em se unir ao nosso grupo nessa mudança", declarou o parlamentar.
O principal objetivo do PSD, que já surge na base da presidente Dilma Rousseff (PT), será enfraquecer as legendas de oposição, atraindo "oposicionistas" insatisfeitos com suas respectivas siglas que estão impedidos de mudar de legenda por causa da lei de fidelidade partidária. O novo partido tem o intuito de funcionar como a "brecha" que o governo precisava para atrair membros da oposição para a base. A lei permite a mudança em caso de criação de umanova legenda.
O presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT), presente ao evento, destacou o caráter governista que terá o PSD. Ele frisou que o novo partido vai atrair forças políticas que estavam "incomodadas em seus partidos de origem e têm proximidade muito grande com a base do governo".