No percurso de oito quilômetros da avenida Salgado Filho/BR-101, entre a rua Padre João Damasceno e Emaús, em Parnamirim, existem seis passarelas para pedestres. Três delas estão em bom estado de conservação, mas demais necessitam de manutenção imediata ou até restauração, como a que se situa em frente a Igreja Universal do Reino de Deus.
O taxista Paulo Nobre trabalha na área há 20 anos e chegou a brincar com o repórter, por conta do descaso em que se encontra a passarela: “É melhor reeditar sua matéria, porque aqui ninguém faz nada”.
Uma parte da estrutura metálica não funciona e está se deteriorando, pois foi erguida para substituir o elevador que “nunca funcionou”, disse o taxista, lembrando que o Ministério Público foi contra a desativação e a construção do acesso e exigia o funcionamento do elevador para idosos, portadores de deficiência e gestantes.
Hoje, o elevador continua quebrado, as grades encostadas na porta de entrada, com correntes e cadeados. Na parte superior, a porta aberta tem apenas uma grande para proteger os passantes contra uma possível queda no fosso, que embaixo está tomado pelo lixo. Um buraco aberto e sem porta na parte inferior também serve de abrigo para marginais.
O aposentado Francisco Félix de Souza diz que só passa na passarela nos fins de semana, quando vai tomar o ônibus para visitar uma filha no bairro Planalto. Acompanhado de um neto, Souza afirmou que “se tivesse o elevador era melhor” e menos cansativo, “não tinha que subir pelas escadas”.
A TRIBUNA DO NORTE ainda percorreu as passarelas de Potilândia, em frente ao Centro Administrativo de Lagoa Nova; a passarela ao lado do viaduto da avenida Salgado Filho, em Mirassol; a passarela em frente a Neópolis. Todas elas necessitam de pintura nas grandes e de remoção de ferrugens nas grades de proteção, mas nada que comprometa a segurança das pessoas que por ali trafegam. Nessas, o problema maior está na passarela de Mirassol, onde aferuugem toma conta da grade de proteção.
Ferrugem
Já na passarela de Emaús, na BR-101, a pintura verde ainda encobre, praticamente, toda a estrutura metálica. Mas, na parte interna, o ferrugem já compromete a fina grade de proteção. O problema maior é com relação a segurança à noite, como diz o estudante universitário Edmar Pereira da Costa: “As pessoas, principalmente as mulheres, preferem passar por baixo da passarela, por medo de que tenha alguém esperando lá em cima”.
Estudante de Música da UFRN, Edmar Costa diz que nunca foi assaltado, mas prefere correr esse risco à noite, do que atravessar a BR-101 e correr outro risco, de ser atropelado. “Também não existe iluminação aqui, trocaram as lâmpadas, mas os marginais quebram”, completou ele.