A mensagem anual da governadora Rosalba Ciarlini não trouxe o anúncio de novos projetos e voltou a uma temática já muito enfatizada pela atual gestão, que é a contabilidade da dívida deixada pela administração de Iberê Ferreira (PSB). Durante 50 minutos a governadora falou aos deputados estaduais. Um discurso longo, mas sem surpresas. Ela começou falando das dívidas do Estado e foi enfática ao afirmar que é necessário fazer um “saneamento das contas”. “A desordem nas finanças estaduais, de algum tempo para cá, deixou de ser um problema local, tornando-se objeto de preocupação nacional, notadamente em razão de seu cômputo no déficit público global”, comentou, ressaltando a punição do governo federal para quem ultrapassa o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Chamo a atenção da Assembléia Legislativa para este ponto, anotando que a não participação da União em nossos projetos de investimento inviabiliza qualquer esforço na direção do desenvolvimento. Posso afirmar que os recursos federais devem estar presentes na quase totalidade de nossos programas, se não em todas as nossas ações voltadas para a infraestrutura e progresso econômico”, destacou a governadora.
A chefe do Executivo se estendeu muito no detalhamento das contas, mas foi sucinta ao falar de educação, saúde e segurança. Para educação anunciou concurso público para mais de 3 mil professores. No entanto, ponderou que antes de deflagrar o processo seletivo é preciso equilibrar as contas.
Para saúde destacou que já está buscando recursos federais para construção de um hospital na zona Oeste de Natal e um em Mossoró. Ela destacou que serão implantados programas de atenção especial à saúde da criança e da mulher, em parceria com os Municípios. “E pretendemos fazer mutirões para atender à grande demanda de ortopedia e traumatologia, saúde do homem, oftalmologia, e outras especializadas de demanda reprimida”, enalteceu.
Sobre a Copa do Mundo de 2014, ela voltou a afirmar que a gestão está fazendo todos os esforços para realizar a obra de 2014. A chefe do Executivo lembrou que a administração está resolvendo as pendências deixadas pelo Governo passado para garantir a realização dos jogos de 2014. “O atual governo se deparou com um quadro de risco iminente, com obrigação imediata de honrar compromissos financeiros assumidos pelo Governo anterior com projetos e consultorias da ordem de R$ 7,1 milhões”, comentou.