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sábado, 29 de janeiro de 2011

Dilma reafirma mínimo de R$ 545

 A presidenta Dilma Rousseff manifestou-se disposta a alterar os critérios de reajuste do salário mínimo definidos pelas centrais sindicais e pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva concedida ontem, em Porto Alegre, depois de uma reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).
A metodologia prevê como índice a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes do aumento e mais a inflação do ano corrente. “O que nós queremos saber é se as centrais querem ou não a manutenção desse acordo pelo período do nosso governo”, avisou. “E se querem, o que nós propomos é R$ 545.”
Dilma Rousseff, no Rio Grande do Sul, onde prometeu que as parcerias com os Estados e municípios não terão influência partidáriaDilma também dissociou a discussão do aumento do salário mínimo da correção da tabela do Imposto de Renda. “Jamais damos indexação inflacionária, por isso não concordamos com o que saiu nos jornais e era dito por várias pessoas, inclusive pelas centrais, que o reajuste, se houvesse, da tabela do Imposto de Renda, fosse feito pela inflação passada”, ressaltou a presidenta. “No que se refere a esse reajuste, teria sempre de olhar não a inflação passada, porque isso seria carregar a inércia inflacionária para dentro de uma das questões essenciais que é o Imposto de Renda”, completou, para lembrar que “o que foi dado sempre foi uma mudança baseada na expectativa de inflação futura”, citando que, nesse caso, o índice é de 4,5%.
Sem ser direta, Dilma deu a entender que não são desencontradas as informações de seus ministros Guido Mantega, da Fazenda, que negou estudos para a correção da tabela do Imposto de Renda, e Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, que trata do assunto com as centrais sindicais. “Jamais discutimos dentro dos últimos oito anos e também não discutiremos a partir de agora qualquer política de indexação”, reiterou. “O ministro Mantega falou nessa direção”.