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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sai no Estadão.

Durante o debate da TV Bandeirantes de domingo, a candidata do PT, Dilma Rousseff, mencionou o engenheiro. Disse que ele "fugiu" com recursos supostamente arrecadados para custear a campanha tucana, conforme reportagem da revista IstoÉ, em agosto.
Após participar de missa na Basílica de Aparecida, Serra defendeu o ex-diretor da Dersa, um dos responsáveis pelas obras do Rodoanel na sua gestão no governo paulista e exonerado do cargo quando Alberto Goldman (PSDB) assumiu o Palácio dos Bandeirantes, em abril deste ano.
"Isso não é verdade. Ele não fez nada disso, ele é totalmente inocente nessa matéria", disse o tucano, que ainda chamou Paulo Souza, conhecido como Paulo Preto, de "competente".
"A relação que eu sempre tive com a Dersa, com a área de transportes, era através do secretário ou do presidente da empresa. Evidente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de engenheiro do ano, no ano passado. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo", completou o candidato.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada ontem, o ex-diretor da Dersa fez ameaças veladas ao PSDB e cobrou do candidato tucano que o defendesse das acusações de Dilma. "Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro", declarou Souza.
Em viagem a Goiânia, anteontem, indagado sobre o ex-diretor da Dersa, Serra chegou a dizer: "Não sei quem é Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês fiquem perguntando."
O candidato, que disse inicialmente não ter lido a entrevista, chegou a declarar, em Aparecida, que a acusação levantada contra o ex-diretor da Dersa era injusta. "A acusação contra ele é injusta. Não houve desvio de dinheiro da campanha por parte de ninguém", afirmou, destacando que, por ser o candidato a presidente, saberia se isso tivesse ocorrido.
Serra negou que a ausência do senador eleito Aloysio Nunes Ferreira na missa ontem tivesse relação com o caso. Aloysio é amigo de Paulo Souza e pegou R$ 300 mil emprestados com ele para comprar um apartamento em Higienópolis - o senador eleito diz que o empréstimo foi pago e consta das suas declarações de Imposto de Renda.