Os policiais civis vão continuar em greve, com apenas 30% do efetivo presente nas delegacias, mesmo após a decisão do desembargador Caio Alencar de ordenar a presença de metade dos agentes em suas unidades de trabalho. O sindicato da categoria recorreu da decisão e aguarda o resultado do julgamento. Em recente assembleia, a categoria decidiu prosseguir com a greve, que já se aproxima de 30 dias.
Segundo Djair Oliveira, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública (Sinpol), a categoria recorreu da decisão, que previa uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, por crer na legalidade da greve. "Nós continuamos prestando serviços normais, só não realizamos as diligências. Não se pode querer punir quem está correto", explica Djair.A decisão do desembargador surgiu de um pedido do Governo do Estado, realizado em 10 de junho, requisitando a paralisação do movimento, alegando que o mesmo seria ilegal e abusivo. Desde o dia 17 de maio, os policiais apresentam setepleitos. Os principais pedidos da categoria são a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, aprovado e no final do primeiro trimestre de 2010 pela Assembleia Legislativa, e a contratação de 509 concursados, somando agentes eescrivães.