Subscribe:

terça-feira, 29 de março de 2011

Osvaldo está isolado "para não morrer" em Alcaçuz

Isolado do convívio com detentos na Pentenciária Estadual de Alcaçuz desde a sua prisão, em 14 de maio de 2009, a situação de Osvaldo Pereira de Aguiar não deve mudar por enquanto, mesmo após ter sido condenado a 40 anos de prisão pela morte da menina Maísla Mariano Moura dos Santos no último sábado. "Ele permanece isolado para não morrer", alega o diretor da unidade prisional, Wellington Marques. O advogado de defesa do detento, Marcus Alânio, recorreu à Justiça pedindo a anulação do júri por considerar que houve erros durante a sessão, na elaboração de quesitos que foram respondidos pelos jurados e na condução do processo, antes do julgamento. 
Wellington Marques diz que Osvaldo Pereira retornou do tribunal do júri na madrugada do último sábado e foi colocado na cela isolada do setor médico do presídio de Alcaçuz, local em que já estava desde antes do julgamento. "Ele não tem companheiro de cela e nem tem convívio com ninguém. As únicas pessoas com quem ele tem contato são uma irmã e uma sobrinha. Elas vêm visitá-lo uma vez por semana".
Segundo o diretor do presídio, tal medida é uma cautela de segurança para o apenado. "Pelo tipo de crime que ele cometeu, se fosse colocado com os demais presos, poderia ser morto". Wellington Marques afirma que Osvaldo Pereira permanecerá nessa situação por tempo indeterminado, mas não de forma definitiva. "Vamos deixá-lo assim até sentirmos que as pessoas esqueceram um pouco esse assunto". O diretor afirma que existem outros detentos que cometeram crimes tão bárbaros quanto o de Osvaldo e já estão em convívio com os demais presos, sem problemas. "É o caso de Misael (Pereira da Silva), que matou três crianças e agora é um homem trabalhador".